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wachuma

WACHUMA

Também conhecido como San Pedro, é o nome comum de um cacto usado em práticas espirituais, ritualísticas e cerimôniais, principalmente na América do Sul, nas regiões dos Andes, como Peru, Equador e Bolívia.

Ele também é conhecido como Atchuma ou Huachuma, e em Quechua significa “sem cabeça”, já que ele elimina travas da mente para dar acesso à sabedoria cósmica.

 

Essa planta contém um principio ativo chamado mescalina, um alcaloide que é conhecido por suas propriedades enteógenas, ou seja, a capacidade de ampliar a percepção, induzir estados de consciência expandida e gerar experiências espirituais.

Esse enteógeno pode criar visões intensas, sentimentos de conexão espiritual e insights profundos. Na tradição indígena dos Andes, o Wachuma é usado em cerimônias xamânicas para cura, crescimento espiritual, introspecção e como parte de rituais religiosos. 

 

É importante ressaltar que seu uso está associado a práticas culturais específicas e deve ser abordado com cuidado, respeito e sob supervisão adequada de uma pessoa experiente no assunto, seja por um Homem ou Mulher Medicina, que possuam as devidas bênçãos e permissões para ministrá-lo, tornando-se possível acessar zonas muito profundas da consciência.

 

Esse cacto sagrado é muitas vezes referido como “mestre dos mestres”, pois ele é capaz de ensinar até o mais sábio dos Xamãs!

O Wachuma também induz a limpeza física, psíquica e energética. Portanto é um grande aliado ao tratamento de enfermidades psicológicas e emocionais como depressão, ansiedade, cura de traumas, ressentimentos e vícios. O Wachuma traz imensa luz ao coração e dissolve muitos dos desequilíbrios energéticos, além do seu profundo poder de conexão à sabedoria Cósmica Universal

 

Seu nome popular, San Pedro, tem ligação à época da invasão espanhola (católica) na região dos Andes. Ele foi assim apelidado pelos invasores, pois assim como o Santo homônimo, possui as chaves do céu.

 

O uso popular desse cacto fez com que fossem descobertas duas espécies distintas do cactos: Trichocereus Pachanoi e o Trichocereus Peruvianus, sendo esse último com mais espinhos, geralmente agrupado em número de três, uma maior e outras de tamanhos iguais. O Trichocereus Pachanoi é o autêntico, que é distinguido pela quase ausência de espinhos, entre outras características. As espinhosas recebem o nome de San Pedro Cimarron e têm a cor verde-amarela e não verde-azulada como o Trichocereus Pachanoi. Os xamãs jovens, que não foram instruídos por mestres mais velhos, usam indistintamente as duas espécies, enquanto os mais velhos só usam o legítimo. Reza a lenda que o cimarron é usado geralmente pelos maleros (bruxos negros) e essa planta não tem o mesmo poder da visão do que o verdadeiro.

 

Na Cosmovisão Andina, no mundo não existem objetos inanimados: o conceito de “anima” ou “espírito” não é exclusivo do ser humano, também abarca animais e plantas, lagoa, fontes e rios, pedras e montanhas. Entre as plantas, aquelas de poder psicoativo são receptáculos de um espírito de sabedoria que abre as portas da visão, auxilia e inspira os serres humanos como um verdadeiro “mestre”. Este é o conceito de Plantas Mestras. 

 

Graças a está consideração mítico-religiosa de que gozam as plantas psicotrópicas, o Wachuma entre elas,  o uso das mesmas é regulado por estruturas ritualísticas e seu uso é limitado dentro do campo religioso. E assim que nós aqui fazemos o uso Sagrado de tais Plantas.

Thaís Zacharias

spiritual coaching

Âncora 1
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